Hall da Fama da Citricultura Brasileira

Troféu do Hall da Fama GCONCI

O que é o prêmio GCONCI?

Esta homenagem dos Consultores em Citros é realizada uma vez par ano, durante a abertura da Semana da Citricultura.

O prêmio é dado àqueles que se destacaram pelos relevantes serviços prestados durante sua vida ao fortalecimento de nossa citricultura. Com isso, o homenageado passa a pertencer ao Hall da Fama da Citricultura Brasileira.

O GCONCI pretende, dessa forma, colaborar para a construção de nossa história e para que as futuras gerações possam seguir a exemplo de dedicação e contribuição destes profissionais ao desenvolvimento de nossa citricultura. O Hall da Fama da Citricultura Brasileira estará exposto provisoriamente na sede do GCONCI, até que se construa o esperado Museu da Citricultura Nacional.

Lista dos Homenageados

Nome Instituição Ano
Eduardo Augusto Girardi Engenheiro Agrônomo e Pesquisador 2024
Orlando Sampaio Passos Engenheiro Agrônomo e Pesquisador 2023
José Gilberto Pratinha Produtor e Empresário 2022
Eduardo Sanches Stuchi Embrapa / EECB 2021
Luiz Gonzaga Fenólio Engenheiro Agrônomo – UPL 2019
Agostinho Mario Boggio Engenheiro Agrônomo - Coopercitrus 2018
Antonio Juliano Ayres Gerente Geral do Fundecitrus 2017
Antônio Fortes Filho Produtor e Mercadista de Citros 2016
Margarete Boteon Pesquisadora CEPEA/ESALQ-USP 2015
Antonio de Goes Professor FCAVJ-UNESP 2014
Ondino Cleante Bataglia Pesquisador IAC/Conplant 2013
Marcos Antonio Machado Pesquisador Científico - IAC 2012
Walkmar Brasil de Souza Pinto Extensionista CATI – Casa Agricultura Bebedouro 2011
Antonio Ambrósio Amaro Eng. Agr. - Área Econômica – IEA 2010
Jorgino Pompeu Junior Pesquisador CCSM 2009
José Dagoberto De Negri Ex-Extensionista CATI e Pesquisador CCSM 2008
José Orlando Figueiredo Pesquisador CCSM 2007
Edmundo Eugênio Archelos Blasco Citricultor 2006
Ary Salibe Ex-Professor FCA/UNESP Pesquisador CCSM 2005
Santin Gravena Ex-Professor FCAVJ/UNESP e Consultor 2004
Eduardo Feichtenberger Pesquisador Instituto Biológico 2003
Luis Carlos Donadio Professor FCAVJ/UNESP 2002
Gerd Walter Muller Pesquisador CCSM 2001
Ody Rodriguez Pesquisador CCSM 2000
Veridiana Victória Rosseti Pesquisadora Instituto Biológico 1999
Francisco Cabral de Vasconcellos Consultor 1998
Joaquim Teófilo Sobrinho Diretor e Pesquisador CCSM 1997
Homenageado GCONCI Hall da Fama
Eduardo Augusto Girardi

O homenageado de 2024 é Eduardo Augusto Girardi, pesquisador da Embrapa em parceria com Fundecitrus e Fundação Coopercitrus Credicitrus na área de horticultura dos citros.

Graduado em Engenharia Agronômica em 2002, com conclusão de mestrado e doutorado em Fitotecnia em 2005 e 2008, respectivamente, pela Esalq/USP, Eduardo Augusto Girardi é homenageado com o Prêmio GCONCI Hall da Fama da Citricultura Brasileira em 2024. Nascido em São Paulo em 21 de fevereiro de 1980, é pesquisador da UMIPTT Cinturão Citrícola da Embrapa Mandioca e Fruticultura, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) e a Fundação Coopercitrus Credicitrus (FCC).

Eduardo Augusto Girardi tem se dedicado à horticultura dos citros, área da ciência que envolve a avaliação e seleção de variedades, propagação e manejo cultural e estudo da resistência ao HLB e outros estresses bióticos e abióticos. Em sua formação profissional, realizou residência agronômica no Southwest Florida Research and Education Center/ Institute of Food and Agricultural Sciences, da Universidade da Flórida, em 2002, conduzindo estudo comparativo entre os sistemas de produção de mudas da Flórida e de São Paulo.

Posteriormente, fez pós-doutoramento na Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro (2009), atuando na seleção de variedades de laranjeira-doce e avaliação de plantios adensados sob sequeiro em clima tropical. Também atuou como Professor Adjunto I do Departamento de Fitotecnia, Instituto de Agronomia, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2010), quando foi responsável pela cadeira de Propagação de Plantas.

Ao longo da carreira profissional em pesquisas voltadas para a citricultura, Girardi colaborou com diversas pesquisas sobre grandes temas e inovações, como sistema de produção de mudas em ambiente protegido, para desenvolver boas práticas de cultivo nessa condição (adubação, irrigação, técnicas de enxertia e propagação alternativa, substratos etc.); desenvolvimento de cultivares de copa e de porta-enxertos de laranjas, tangerinas e limas-ácidas, desde as etapas de seleção inicial de novas variedades até a sua validação extensiva em campo em todas as regiões do Brasil, buscando contribuir com copas que agreguem maior qualidade de frutos, produção fora de época e outros atributos, ou porta-enxertos mais produtivos, tolerantes à seca e às doenças e que sejam redutores do tamanho da árvore (nanicos e semi), adaptados a diferentes condições ambientais e de manejo, com milhares de combinações copa/porta-enxerto em estudo; práticas mais sustentáveis de manejo, notadamente de adensamento de plantio e poda, visando orientar o citricultor às decisões mais embasadas sobre as vantagens e desvantagens e as melhores estratégias de uso na presença da doença HLB dos citros; resistência genética ao HLB, no que se refere à avaliação de germoplasma buscando fontes de resistência e seu uso no melhoramento clássico, avaliação como porta-enxertos ou interenxertos e determinação de severidade de dano; e capacitação de recursos humanos, seja como professor em cursos de graduação e pós-graduação e também em diversos eventos técnicos, científicos, palestras, visitas técnicas e dias de campo, presenciais e online, para divulgação dos resultados de pesquisas e atualizações sobre horticultura de citros.

'Todas essas atividades são conduzidas com sólida interação com colegas especialistas em outras áreas de conhecimento de diversas instituições de pesquisa, ensino e iniciativa privada, um trabalho de equipe sem o qual nenhum avanço poderia ser alcançado’, afirma Girardi. Desde 2010, Eduardo Augusto Girardi é Pesquisador A da Embrapa Mandioca e Fruticultura, sendo responsável pela Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia UMIPTT Cinturão Citrícola em Araraquara e Bebedouro (SP). Atuou ainda como professor permanente do Programa de Pós- -Graduação em Ciências Agrárias da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (de 2011 a 2020) e, a partir de 2022, tornou-se Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Agronomia (Produção Vegetal) da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho de Jaboticabal (SP). É também bolsista de produtividade em pesquisa PQ2 do CNPq. Girardi vem participando do esforço para diversificação de variedades de citros, notadamente de novos porta-enxertos híbridos incluindo diversos citrandarins, que desde 2018 vêm gradativamente sendo adotados pelos citricultores brasileiros.

Integra a equipe da Embrapa que registrou 20 novas cultivares que serão recomendadas nos próximos anos com base em ensaios regionais de desempenho agronômico, além de quatro cultivares de copa em parceria com o Centro de Citricultura Sylvio Moreira (CCSM/IAC) e a FCC. Em relação aos desafios atuais do HLB, Eduardo Augusto Girardi destaca que está trabalhando em diversos projetos focados na doença em colaboração com o Fundecitrus, com a FCC, com CCSM/IAC, produtores e outras instituições no Brasil e exterior. ‘A minha colaboração está focada em estudar a reação de variedades e tipos de citros ao HLB buscando oportunidades de uso em médio prazo como copas ou porta- -enxertos, entender melhor a dinâmica dessa doença e estabelecer práticas ou menos favoráveis à doença e seu vetor dentro do Manejo Integrado de Pragas (MIP-HLB)’, afirma, cujos projetos são financiados por agências como Fapesp, CNPq, Capes, Embrapa, União Europeia e iniciativa privada. ‘Na minha opinião, o HLB continuará sendo um fator de grande importância para a citricultura na próxima década, impactando no sistema de produção brasileiro, seja em áreas onde a doença pode ser manejada regionalmente, seja em áreas endêmicas. À medida em que novos resultados sejam consistentes, novas práticas de manejo e variedades poderão ser incorporadas ao sistema produtivo, que penso será bastante diferente nas próximas décadas.

Mas, além do HLB, gostaria de chamar atenção para outros desafios da citricultura brasileira, igualmente relevantes e que vão mudar o cenário daqui a alguns anos: mudanças climáticas, especialmente eventos de seca e calor extremo, necessidade de agregação de valor/maior qualidade e diversidade dos produtos cítricos; práticas mais sustentáveis de manejo do solo, água e pragas e doenças, que causem menos impacto ambiental com bom custo/benefício; e mecanização e otimização das operações, notadamente a colheita, com inovações diversas nas pulverizações e demais etapas automatizadas. A citricultura do futuro será ainda mais técnica e dinâmica, e sua viabilidade depende das decisões e estudos do presente.’ Casado com Raquel, Eduardo tem dois filhos, Henrique e Ana Thaís, e enquanto pesquisador já residiu nas cidades paulistas de Piracicaba, Piedade, Bebedouro e Araraquara, e em Seropédica (RJ), Cruz das Almas (BA), além de Immokalee (Flórida) e Valmontone (Itália). Embora não seja de família tradicional de citricultores, já possuiu um pomar comercial de tangerinas em Juquitiba (SP).

Ele diz que sua vida cruzou com a citricultura inicialmente pelos caminhos da universidade e da ciência, e garante que é mais uma vítima do ‘vírus do amor citrícola’. ‘Uma vez infectado, não tem cura!’ A homenagem do GCONCI a Eduardo Augusto Girardi com o Prêmio GCONCI Hall da Fama da Citricultura Brasileira é baseada em sua forte atuação na descoberta de novos métodos para dar continuidade a uma das mais importantes culturas do agronegócio brasileiro, a citricultura, pesquisando incansavelmente novas variedades de copa e porta-enxerto resistentes às inúmeras pragas e doenças e outros problemas que há anos acometem os laranjais do Brasil. A sua dedicação às pesquisas é fonte de esperança para a perenidade dos citros brasileiros.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Orlando Sampaio Passos

O Homenageado de 2023 é o Dr. Orlando Sampaio Passos, cuja história profissional caminha lado a lado com as mais importantes conquistas do agronegócio brasileiro nos últimos 50 anos

Com extensa lista de pesquisas e publicações (é autor e co-autor de mais de 300 trabalhos técnico-científicos publicados no Brasil e em 15 dos 26 países) envolvendo o desenvolvimento de citros, Orlando Sampaio Passos é o homenageado pelo GCONCI em 2023 com o prêmio Hall da Fama da Citricultura Brasileira, premiação que será entregue durante a abertura da 44ª Semana da Citricultura e 48ª Expocitros, no dia 30 de maio, no Centro de Citricultura Sylvio Moreira – IAC.

Nascido em Cruz das Almas (BA), em 27 de janeiro de 1936, Dr. Orlando Sampaio Passos é Engenheiro Agrônomo diplomado pela Escola de Agronomia da Universidade Federal da Bahia, com cursos de pós-graduação na Esalq/USP, em Piracicaba (SP), na Universidade Federal de Viçosa (MG) e nos Estados Unidos, na Universidade da Califórnia (Riverside). Orlando tem inclusive especialização em citricultura pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em 1960, e pela Universidade da Califórnia, em 1978-1979.

Atualmente, Dr. Orlando é pesquisador B da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, lotado na Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, em Cruz das Almas, onde já atuou como Chefe Geral do Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura Tropical/Embrapa, de 1990 a 1995. Também foi presidente da Sociedade Brasileira de Fruticultura, de 1977 a 1978 e de 1991 a 1992, representou o Brasil na International Society of Citriculture, de 1978 a 1981 e de 1992 a 2000, a Embrapa na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a partir de 2002, foi coordenador nacional da Rede Interamericana de Citros (RIAC), na FAO.

Dentre as suas mais importantes contribuições para a citricultura brasileira está a coordenação e execução de ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação na cultura dos citros no Nordeste, que passou a ser a segunda região produtora nacional e, por extensão, a região Norte; foi pioneiro na fundação da Sociedade Brasileira de Fruticultura em 1970, e um dos organizadores do primeiro Congresso Brasileiro de Fruticultura, em 1971, e em 1994. Ele também liderou diversos projetos de pesquisa e colaborou em outros, relacionados com a citricultura de mesa no semiárido (polo Petrolina [PE] e Juazeiro [BA]), na Chapada Diamantina (BA), e no Vale do Jaguaribe (CE). Atualmente, é membro dos projetos Banco de Germoplasma de Citros e Criação e seleção de variedades de citros mediante procedimentos clássicos e tecnológicos, com ênfase no controle do HLB e na tolerância à seca.

Em seus mais de 50 anos de dedicação aos citros, Dr. Orlando acompanhou as inúmeras mudanças ocorridas nos pomares de citros do Brasil. Em entrevista à revista virtual www.todafruta.com.br, em 2018, ele comentou que 'a citricultura brasileira passou de uma mera cultura de mesa para uma portentosa agroindústria. A laranja Bahia (de umbigo), oriunda de Salvador (BA), era cultivada de forma quase exclusiva, indiferentemente da região produtora, se no Rio Grande do Sul, São Paulo ou Bahia. Nessa época, uma visita à Flórida, como referência, era prática obrigatória. Os anos se passaram e essa prática se inverteu graças à geração de tecnologias, em especial pelo Instituto Agronômico de Campinas e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, e também ao empreendedorismo e à coragem do agricultor. O Brasil passou a ser também 'campeão da laranja'.

Por sua dedicação à pesquisa, Dr. Orlando Sampaio Passos foi homenageado por diversas instituições e, desde 2009, dá nome ao troféu do melhor trabalho apresentado na Jornada Científica da Embrapa Mandioca e Fruticultura.

Em 1994, recebeu a distinção de honra ao mérito da Sociedade Brasileira de Fruticultura; em 2010, durante o IV Encontro da Citricultura Sergipe e Bahia e a 42ª Festa da Laranja, em Boquim (SE), foi homenageado como Personalidade Citrícola pelos relevantes serviços prestados à citricultura sergipana; e em 2012 seu sobrenome foi escolhido para nomear a variedade de lima ácida BRS Passos, lançada como alternativa para o Centro-Oeste brasileiro na entressafra que atende ao mercado de fruta in natura.

Por todos esses motivos, é com muita honra que o GCONCI faz essa justa homenagem ao Dr. Orlando Sampaio Passos, que agora faz parte do panteão de grandes nomes que ajudaram a levar a citricultura brasileira ao patamar de 'maior cultura de citros do mundo' Parabéns, ao Dr. Orlando Sampaio Passos por sua história de vida que caminha ao lado das mais importantes conquistas do agronegócio citrícola.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
José Gilberto Pratinha

E, mais uma vez presencialmente, durante a abertura da Semana da Citricultura, no Centro de Citricultura Sylvio Moreira, o Grupo de Consultores em Citros – GCONCI – homenageia pelo 25º ano, uma personalidade do segmento citrícola por seus esforços na busca da sustentabilidade da citricultura brasileira. O homenageado de 2022, com o Prêmio Hall da Fama da Citricultura Brasileira, por seu trabalho junto à comunidade citrícola, será o empresário e citricultor, o Sr. José Gilberto Pratinha. A escolha para a premiação do GCONCI levou em conta, entre outros requisitos, a tradição da família Pratinha na citricultura, história que iniciou com José Antônio Pratinha (Sr. Toninho) e José Gilberto, e mais tarde Paulo Edson Pratinha Alves se uniu ao grupo, onde juntos possuem um dos maiores viveiros de mudas de plantas cítricas do Paraná e são proprietários da Suco Prat’s, uma grande indústria de sucos com sede em Paranavaí (PR). Além disso, estão entre os mais tradicionais fornecedores de laranjas, tangerinas e limões in natura, suprindo um amplo mercado.

Com negócios na citricultura desde 1962, a família não hesitou em migrar de uma importante região citrícola paulista para o noroeste paranaense no início da década de 1980, atraídos pela oportunidade que despontava naquela região do Paraná, conhecida pelo solo e clima apropriados para a produção de frutas de sabor e cor excelentes, resultando em sucos de alta qualidade, quando o governo estadual e a iniciativa privada começaram a incentivar o plantio de pomares de laranjas como mais uma opção de renda para os produtores. Os Pratinhas levaram seu conhecimento como viveiristas e, em poucos anos, passaram também a plantar pés de laranjas.

Para produzir sucos de alta qualidade, a Agro Pratinha investe em tecnologia, pesquisa, profissionais especializados, e no aprimoramento de seus colaboradores, além de instalações e equipamentos de última geração, que fazem da empresa uma das melhores processadoras de sucos do Brasil.

E para dar continuidade aos negócios e manter a qualidade e a confiança em seus produtos, o grupo empresarial já prepara a futura geração de gestores, inserindo os jovens da família no dia a dia da produção, garantindo a tradição e a confiança do consumidor final, adquirida em quatro décadas de muito trabalho dedicado à citricultura brasileira.

Neste momento, com esses argumentos, diante da comunidade citrícola, o Grupo de Consultores em Citros, outorga o ‘Prêmio GCONCI 2022 – Hall da Fama da Citricultura Brasileira’, reafirmando a dedicação do Sr. José Gilberto Pratinha, por sua história no mercado citrícola, José Gilberto Pratinha entra para o seleto grupo de homenageados.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Eduardo Sanches Stuchi

O Engenheiro Agrônomo Eduardo Sanches Stuchi é homenageado pelo GCONCI em 2021. Há 24 anos o GCONCI homenageia anualmente uma personalidade do segmento citrícola por seus esforços na busca da sustentabilidade da citricultura brasileira. Esta premiação é concedida àqueles que se destacam pelos relevantes serviços prestados ao fortalecimento do agronegócio. Com esta premiação, o homenageado integra o seleto grupo do Hall da Fama da Citricultura Brasileira. A premiação Hall da Fama 2021 acontecerá mais uma vez durante a Expocitros e Semana da Citricultura, as quais chegam, respectivamente, em suas 46ª e 42ª edições. Realizado pelo Centro de Citricultura Sylvio Moreira-IAC, o evento neste ano acontece de 26 a 29 de julho no formato digital, quando o Engenheiro Agrônomo Eduardo Sanches Stuchi receberá a outorga máxima do GCONCI.

Atualmente pesquisador A da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Mandioca e Fruticultura) e diretor científico da Estação Experimental do Agronegócio (EEAB), onde atua desde 2003, Eduardo Sanches Stuchi possui graduação em Agronomia pela USP/Esalq (1985), especialização e Master em Citricultura pela Universidade Politécnica de Valência, na Espanha (1993), mestrado (1996) e doutorado (1999) em Agronomia – Produção Vegetal pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp – Campus de Jaboticabal). O Engenheiro Agrônomo tem vasta experiência na área de Agronomia, com ênfase em citricultura, atuando principalmente na seleção de cultivares de copas e de porta-enxertos, manejo e tratos culturais. Com diversos estudos publicados no Brasil e em publicações de outros países, Eduardo também atua como assessor ad hoc para a Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) e para o CNPq, assim como membro da Sociedade Brasileira de Fruticultura, da qual foi secretário no período de 1999 a 2002. É membro da Câmara de Assessoramento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) desde setembro de 2008, e coloca toda a sua experiência acumulada na Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologia (UMIPTT) Cinturão Citrícola, na Estação Experimental de Agronegócio de Bebedouro. Por sua extrema dedicação e competência no desenvolvimento da citricultura, Eduardo Sanches Stuchi agora passa a fazer parte do privilegiado conjunto de profissionais que compõem o Hall da Fama da Citricultura Brasileira do GCONCI.

Faleceu em 13 de maio de 2024.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Luiz Gonzaga Fenólio

O Engenheiro Agrônomo Luiz Gonzaga Fenólio é homenageado pelo GCONCI em 2019.

Em 2019, o homenageado do GCONCI com o Hall da Fama da Citricultura Brasileira será o Engenheiro Agrônomo Luiz Gonzaga Fenólio, natural de Espírito Santo do Pinhal (SP), que desde outubro de 1985 até a presente data tem exercido diferentes atividades na indústria de defensivos agrícolas no Brasil. Luiz Gonzaga concluiu os cursos de Técnico Agrícola no Colégio Agrícola Dr. Carolino da Motta e Silva em 1974, de Magistério na Escola Estadual Cardeal Leme em 1976, de Engenharia Agronômica, na UniPinhal, turma de 1983, e fez pós-graduação em Administração de Marketing na Fundação Armando Álvares Penteado na cidade de São Paulo , e ainda concluiu seu Mestrado em março de 2008 na área de Entomologia Agrícola, no Campus da Unesp de Jaboticabal.

Ele trabalhou junto à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, foi professor em unidades escolares da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, entre elas o Colégio Técnico Agrícola Dr. Carolino Motta, em Espírito Santo de Pinhal (SP). Fenólio também se dedica ao voluntariado. Em seu segundo mandato consecutivo, ele atua como Presidente da Associação de Moradores do Bairro City Ribeirão, que tem hoje mais de 5.000 moradores, e é membro titular do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente da cidade de Ribeirão Preto (SP), local onde reside. O Luiz Gonzaga Fenólio tem atuado profissionalmente na indústria química, trabalhando com produtos fitossanitários nas mais diferentes funções. Atualmente, presta seus serviços à empresa UPL, no atendimento exclusivo aos grandes produtores de citros do Estado de São Paulo, e no suporte técnico nos demais estados brasileiros produtores de citros quando necessário. Por sua contribuição à citricultura, o GCONCI se sente honrado em conceder o 'Prêmio GCONCI 2019'.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Agostinho Mario Boggio

Homenagem Agostinho Mario Boggio: a busca do avanço tecnológico. E Engenheiro Agrônomo atuou à frente do departamento de tecnologia agrícola da Coopercitrus, levando o conhecimento tecnológico e a formação profissional da mão de obra para fortalecer o agronegócio brasileiro e é homenageado com o Prêmio GCONCI 2018.

Natural do bairro da Mooca da cidade de São Paulo, Agostinho Mario Boggio encontrou no campo a sua realização pessoal. Formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz – Esalq/USP, em 1969, o Engenheiro Agrônomo é mestre em Administração de Negócios/ Gestão de Negócios pela Faculdade de Economia e Administração da USP de Ribeirão Preto, em Proteção de Plantas pela Universidade Federal de Viçosa, em Cooperativismo Agrícola e Desenvolvimento Econômico pela Faculdade de Economia e Administração – FEA/ USP, em Nutrição Mineral de Plantas pela Esalq/USP, em Manejo de Solos pela Esalq/USP, além de ter MBA em Gestão de Agronegócios pela FEA-RP/USP. Agostinho iniciou sua carreira profissional na Ultrafértil, em 1970, trabalhou no Instituto Brasileiro de Café (IBC) e posteriormente na Cooperativa Agropecuária D’Oeste Paulista (Capdo).

Com a fusão das cooperativas Capdo e Capezobe (Cooperativa Agropecuária da Zona de Bebedouro) deu-se a formação da Coopercitrus (Cooperativa dos Cafeicultores e Citricultores de São Paulo), onde exerceu suas principais atividades voltadas para o desenvolvimento da citricultura, além de outras áreas do agronegócio brasileiro, como café e cana-de-açúcar, como Gerente Geral do Departamento de Tecnologia Agrícola. Um dos principais papéis de Agostinho dentro da Coopercitrus foi a disseminação dos avanços tecnológicos e o aperfeiçoamento da mão de obra especializada, conscientizando os cooperados sobre práticas legais e corretas na utilização de produtos agrícolas, estando à frente de muitos cursos promovidos pela Cooperativa na formação de aplicadores de agrotóxicos e na capacitação de trabalhadores rurais na aplicação de defensivos agrícolas dentro dos requisitos exigidos pela NR 31, lei que regulamenta as relações de trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura.

Seu encontro com a citricultura aconteceu quando se mudou para a região de Bebedouro, após sua entrada na Coopercitrus, na época em que houve a substituição das lavouras de café pela cultura de citros, que estava em seu apogeu, iniciada pelos associados da Cooperativa. Desde então, Agostinho tem enfrentado ao lado dos cooperados os avanços de doenças como o Cancro Cítrico e o HLB. Em especial para o HLB, ele foi um dos importantes porta-vozes na conscientização da necessidade da participação de toda a cadeia citrícola para seu efetivo controle, divulgando, por meio dos canais de comunicação da Coopercitrus, as informações sobre as características da doença, mostrando quais as formas de controle tanto por meio do informativo, de reuniões, palestras, quadro técnico e, frequentemente, trabalhando em conjunto com parceiros como o Fundecitrus.

Além da sua atuação na Coopercitrus, Agostinho é Diretor Técnico Científico da Fundação de Pesquisas Agroindustriais de Bebedouro, Membro Representante da Sociedade Civil no Comitê da Bacia do Baixo Pardo Grande, como suplente, Membro do Conselho Executivo da Cooperativa de Trabalho Mútuo do Estado de São Paulo (Cotram), e atua como voluntário na Fundação Abílio Alves Marques de Combate ao Câncer, como vice-presidente. E por sua vida dedicada ao agronegócio, principalmente para o fortalecimento da cultura dos citros, às premiações que Agostinho recebeu ao longo da sua carreira profissional, soma-se agora o prêmio Hall da Fama da Citricultura Brasileira, que o GCONCI tem a honra de entregar durante a 40ª Semana da Citricultura 2018.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Antonio Juliano Ayres

Fortalecendo a citricultura brasileira por seu trabalho junto ao Fundecitrus, Antonio Juliano Ayres é homenageado com o prêmio Hall da Fama da Citricultura Brasileira.

Anualmente, durante a Semana da Citricultura, realizada no Centro de Citricultura Sylvio Moreira/IAC, em Cordeirópolis, o Grupo de Consultores em Citros – GCONCI – homenageia uma personalidade do segmento citrícola por seus esforços na busca da sustentabilidade da citricultura brasileira. Neste ano, o homenageado é Antonio Juliano Ayres, Gerente Geral do Fundecitrus.

Juliano Ayres, como é mais conhecido, trabalha no Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) desde agosto de 1997, como Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento, com atuação na gestão e coordenação dos trabalhos de pesquisa focado no manejo e controle das doenças e pragas dos citros no Estado de São Paulo. A partir de março de 2014, assumiu a Gerência Geral, tendo função diretiva nas atividades de Pesquisa e Desenvolvimento, Pesquisa de Estimativa Safra, Transferência de Tecnologia, Comunicação, Mestrado profissionalizante, Área Administrativa e Financeira, respondendo hierearquicamente ao Conselho Deliberativo e Presidência do Fundecitrus.

Nascido em São José do Rio Preto, Juliano se formou em Agronomia na Universidade de São Paulo – FCAV/Unesp Jaboticabal, em 1987. Posteriormente, cursou Mestrado em Citricultura pela Universidade Politécnica de Valência e Instituto Valenciano de Investigações Agrária, na Espanha, e Mestrado em Horticultura na Universidade de São Paulo – FCAV/Unesp Jaboticabal, assim como cursou MBA em Gestão de Negócios pela Cegente/São José do Rio Preto (2005). Iniciou a carreira no segmento privado em 1989, quando trabalhou na Edsall Goves Service, empresa prestadora de serviços aos citricultores da Flórida. Além disso, foi engenheiro de desenvolvimento e coordenador técnico da Citrosuco entre 1989 e 1997, fazendo a ligação entre pesquisa e transferência de tecnologia e citricultores e consultores. Juliano Ayres foi eleito e premiado Agrônomo Destaque da Citricultura Brasileira no ano de 2001, pelo Centro de Citricultura Sylvio Moreira, e a partir de 2017 integra a galeria dos grandes nomes da citricultura do Brasil no Hall da Fama da Citricultura Brasileira.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Antônio Fortes Filho

Há mais de 70 anos, a família Fortes se dedica à produção e comercialização de laranjas A história de Antônio Fortes.

Filho é marcada por uma dedicação integral à produção de laranjas e, hoje, à frente da empresa Lima Fortes, possui 250 mil pés de laranjas plantados e produz 1 milhão de caixas de laranjas por ano. Além da produção própria, também compra uma média de 700 a 800 mil caixas de laranjas de terceiros para assegurar o fornecimento para redes de supermercados, lanchonetes, padarias, casas de suco, Ceagesp e indústria.

“Comecei na citricultura com os meus pais, que possuíam 6 alqueires de terra, plantando laranja e cereais. Neste período, adquirimos pedaços de terras nos arredores da cidade de Limeira (SP) e demos continuidade no plantio de laranjas. Em 1963, já tínhamos três propriedades com 25 mil pés de laranja, produzindo uma média de 50 a 60 mil caixas por ano. Também neste ano, eu e os meus irmãos constituímos uma sociedade e plantamos 10 mil pés de tomate, e com o resultado das vendas dessa produção, e muito incentivados pelos amigos Dr. Odilon Barcos (in memoriam) e Dr. Luiz Dondelli, chefe da Casa da Agricultura na época (in memoriam), no sítio da família abrimos um barracão para beneficiamento de laranjas. Já em 1969 estávamos estabelecidos em um novo barracão no centro de Limeira, denominado Irmãos Fortes. Em 2002, constituí a empresa Lima Fortes, inicialmente com duas fazendas - Cercadinho (em Casa Branca) e Ponte Alta (em Conchal) - e logo em seguida adquiri a fazenda Santo Antonio (em São João Da Boa Vista) e dois boxes no Ceagesp, em São Paulo.”

Por sua trajetória na citricultura, Antônio Fortes Filho, aos 78 anos, é agraciado com o Prêmio GCONCI 2016 Hall da Fama da Citricultura Brasileira durante a Semana da Citricultura, que acontece em Cordeirópolis em junho. Para Antônio, essa homenagem é o reconhecimento de seu trabalho de mais de sete décadas. “Primeiramente, agradeço aos amigos citricultores, que de uma forma ou de outra reconhecem todo o meu trabalho e dedicação nesses longos anos. Também sou muito grato pela oportunidade de poder contar um pouco de minha história na citricultura brasileira. Vale aqui também registrar o meu agradecimento ao pessoal do GCONCI e também aos meus amigos do Centro de Citricultura Sylvio Moreira (citros de mesa) e não posso deixar de agradecer especialmente a Deus, pela graça que Ele me concedeu de ter conhecido e de poder ter trabalhado com todas essas pessoas especiais, familiares e profissionais que ele colocou em minha vida, e que hoje posso viver esta grande homenagem.”

Mas a história de Antônio Fortes Filho foi marcada por muitos desafios, como ele conta: “Foram muitos... início da empresa em prédio alugado, dificuldades para obter linhas de crédito, doenças e pragas dos citros e de fácil contaminação e difícil controle, como Pinta Preta, Ácaro da Leprose, Alternária e Colletotrichum.”Vale lembrar que todas essas dificuldades foram superadas com muito trabalho, dedicação, ajuda de técnicos e agrônomos. “Gostaria também de registrar nosso foco e meta no aumento da capacidade de produção por alqueire, isso por meio de investimentos e com novas tecnologias, como por exemplo, o porta-enxerto, mudas de excelente qualidade, preparo de solo, não abrindo mão de produtos altamente eficazes e com boa irrigação”, destaca Antônio.

E por sua experiência, ele vê com cautela o futuro da citricultura brasileira. “Vejo o futuro com muita preocupação e tristeza, pois órgãos tão importantes para a citricultura, como o Fundecitrus e o Centro de Citricultura, não têm investimentos do Governo para complementar as pesquisas de grande valia para o nosso segmento. Também vejo potencializadas as doenças Cancro Cítrico e HLB, já que os órgãos públicos não correspondem às necessidades dos citricultores no sentido de erradicar as doenças, auxiliar na retirada dos pés de laranja e ajudar com recursos técnicos e financeiros para novos replantes. Só vejo um futuro melhor para a tão importante citricultura brasileira com o apoio do Governo, inclusive com incentivos às propagandas nos diversos meios de comunicação, informando todos os benefícios do consumo da laranja in natura ou suco natural, seu alto valor nutricional, seu poder no combate a diversas doenças, tanto para crianças como para adultos.”

Apesar das incertezas, o seu desejo é de que a citricultura tenha grandes avanços, que o Governo reconheça a importância desse importante segmento do agronegócio brasileiro, “e que minha família continue com o legado, com prosperidade e dedicação por tudo o que fiz e faço com muito amor pela citricultura de nosso país”. É por exemplos como o de Antônio Fortes Filhos que todos os envolvidos na cadeia citrícola têm esperança na renovação do campo a cada dia, e merecidamente recebe o reconhecimento do GCONCI neste ano. Faleceu em São Paulo, em 29 de novembro de 2019.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Margarete Boteon

Pesquisadora do Cepea tem contribuído com suas pesquisas econômicas da cadeia citrícola do Brasil. As diversas áreas do conhecimento têm contribuído para o aprimoramento do negócio citrícola brasileiro, beneficiando toda a cadeia de citros por meio do trabalho de pesquisadores que dedicam suas vidas na busca por descobertas que possam melhorar este importante agronegócio.

E para prestar uma justa homenagem às pessoas que têm auxiliado o fortalecimento da citricultura brasileira, o Grupo de Consultores em Citros (GCONCI) criou em 1997 o prêmio Hall da Fama da Citricultura Brasileira, que é outorgado durante a Semana da Citricultura, reconhecendo o trabalho das pessoas que dedicaram sua vida profissional na busca pelo fortalecimento da citricultura brasileira.

Deste modo, em 2015, o GCONCI homenageia a Prof. Dra. Margarete Boteon, que possui graduação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP, 1995), Mestrado (1999) e Doutorado (2004) em Economia Aplicada, também pela Esalq/USP. Desde 1998, é pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea – Esalq/USP), responsável pelas pesquisas econômicas das cadeias de citros, frutas/hortaliças e café. A partir de 2013, passou a integrar, inclusive, o time acadêmico como professora do Departamento de Economia e Administração da Esalq/USP.

No escopo da citricultura, sua equipe contata diariamente produtores, beneficiadores e representantes da indústria para apurar preços das frutas em todas as regiões relevantes, em termos de produção e comercialização, no Estado de São Paulo. Anualmente são também atualizados estudos detalhados sobre custos de produção com o objetivo de acompanhar, com rigor científico, a evolução da sustentabilidade da citricultura paulista. A base desses trabalhos é a interação contínua com pessoas de todos os segmentos do setor para troca e discussões imparciais sobre os diversos temas que envolvem o negócio.

Com base no conjunto de informações apuradas continuamente, Margarete e sua equipe publicam preços diários no site do Cepea, análises semanais na Bloomberg e Thomson Reuters – em português e inglês – e periodicamente na Revista Citricultura Atual e na revista Hortifruti Brasil. A revista Hortifruti Brasil foi uma iniciativa da própria pesquisadora que, em 2001, ao começar a desenvolver trabalhos nos setores de frutas e hortaliças, constatou a carência de veículos especializados para divulgar as pesquisas que sua equipe estava gerando.

A dinâmica de pesquisas tem proporcionado ainda reforço à formação acadêmica e profissional de dezenas de estagiários que integraram ou integraram a equipe Hortifruti Cepea. Periodicamente esses graduandos de Engenharia Agronômica, Ciências Econômicas e de Alimentos, orientados por Margarete, submetem artigos para congressos científicos, além de serem convidados a participar de programas de estágio e trainee de importantes companhias.

Por sua atuação idônea no segmento econômico, Margarete recebeu o prêmio Engenheiro Agrônomo Destaque da Citricultura de 2012, um reconhecimento do Centro de Citricultura Sylvio Moreira/IAC ao valor de suas pesquisas. O Grupo de Consultores de Citros congratula a Margarete Boteon pela premiação, credibilidade que o setor tem na dedicação do seu trabalho.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Antonio de Goes

GCONCI homenageia Antonio de Goes com o prêmio Hall da Fama da Citricultura Brasileira.

Homenagem prestada pelo Grupo de Consultores em Citros (GCONCI) desde 1997 durante a Semana da Citricultura, reconhece o trabalho das pessoas que dedicaram sua vida profissional na busca pelo fortalecimento da citricultura brasileira.

O homenageado, desta forma, passa a pertencer ao Hall da Fama da Citricultura Brasileira, e a premiação colabora, por sua vez, para a construção da história da citricultura.

Em 2014, o homenageado com o prêmio Hall da Fama da Citricultura Brasileira é o engenheiro agrônomo Antonio de Goes, formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em 1976. Bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Pesquisa – CNPq (nível 1D), Antonio de Goes dedicou sua vida ao aprimoramento acadêmico, tendo mestrado e doutorado em Fitopatologia pela Universidade de São Paulo (USP), mestrado em Biotecnologia Vegetal pela Universidade Ibero-Americana, na Espanha, e pós-doutorado junto ao Plant Research International/Wageningen University & Research Center (PRI-WUR), em Wageningen, Holanda. Atualmente é Professor Assistente Doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita (Unesp). Possui ampla experiência na área de agronomia, com ênfase em Fitossanidade, atuando principalmente no tema manejo de doenças fúngicas associadas às plantas cítricas. Desde 1996, Antonio de Goes é professor da Unesp – Campus de Jaboticabal e, anteriormente, chegou a atuar como pesquisador, na área de fitopatologia aplicada a plantas frutíferas, na Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro/Rio), e foi pesquisador, de 2009 a 2010, no Research Institute for Plant Protection (IPO-DLO), na Holanda. Sua linha de pesquisa principal na Unesp trata do tema ‘Epidemiologia e controle de doenças de plantas’, no qual já foram concluídas 16 dissertações de mestrado, 14 teses e três supervisões de pós-doutorado, sendo cerca de 95% delas em doenças dos citros. Além disso, é autor de dezenas de artigos publicados em revistas nacionais e internacionais, cerca de 200 resumos apresentados em congressos nacionais e internacionais, diversos capítulos de livros e dezenas de outros tipos de publicações impressas em várias revistas de divulgação. Sua busca incansável pela melhoria da fitossanidade nos pomares brasileiros é, agora, reconhecida com essa homenagem do GCONCI.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Ondino Cleante Bataglia

O homenageado na Edição de 2013 da premiação Hall da Fama em 2013 é o Dr. Ondino Cleante Bataglia, Engenheiro Agrônomo formado pela Esalq/USP em 1967, Doutorado em Agronomia também pela Esalq/USP, em 1973, e PhD em Ciência do Solo pela Universidade da Califórnia, Davis (EUA), em 1980.

Dr. Bataglia atuou como pesquisador científico do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) com intensa atividade científica junto ao CNPq, Fapesp, Embrapa, Consepa, Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS) e outras. Atualmente é sócio proprietário da empresa CONPLANT - Consultoria, Treinamento, Pesquisa e Desenvolvimento Agrícola Ltda., com sede em Campinas (SP), e Secretário Executivo da Fundação Agrisus.

Na sua vida profissional dedicada ao melhoramento do agronegócio brasileiro, Dr. Bataglia acumulou grande experiência em Ciência do Solo, atuando principalmente nos segmentos de café, citros, soja, seringueira, diagnose foliar, análise de plantas, substratos e nutrição mineral de plantas. Na citricultura participou em pesquisas sobre adubação, absorção de nutrientes em frutas e mudas cítricas.

Em sua gestão na Diretoria do IAC e Coordenadoria da Pesquisa Agropecuária implantou o Centro de Citricultura. Por sua contribuição à citricultura, o GCONCI se sente honrado em conceder o ‘Prêmio GCONCI 2013’ durante a 35ª Semana da Citricultura, reafirmando a inesgotável atuação do Dr. Ondino Cleante Bataglia no cenário da agricultura do Brasil.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Marcos Antonio Machado

Pelo 16º ano consecutivo, o GCONCI reconhece e homenageia as pessoas que fazem a diferença no desenvolvimento da citricultura. Atual Coordenador e Diretor do Laboratório de Biotecnologia do Centro de Citricultura Sylvio Moreira/IAC, o pesquisador científico Marcos Antonio Machado dedicou-se grande parte de sua vida à pesquisa dos citros, na integração e melhoramento genético, bem como na interação de citros e seus patógenos.

Marcos graduou-se agrônomo em 1978 pela Universidade de Brasília (UNB), ingressando no mestrado e logo após fez doutorado, focando seus estudos sempre nas especialidades da fisiologia de plantas cultivadas e biologia molecular de plastídeos.

Com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), coordenou grandes projetos apoiados pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Padct II), Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex), Programa de Formação de Recursos Humanos em Áreas Estratégicas (RHAE) e Instituto do Milênio.

Entre sua vasta experiência na citricultura, o homenageado se destaca com os prêmios obtidos por seu desenvolvimento na área, tais como de melhor artigo científico já publicado sobre citros, Ordem Nacional de Mérito Científico, Engenheiro Agrônomo do ano de 1999 e, recentemente, o Prêmio Frederico de Menezes Veiga – Embrapa, concedido àqueles que se destacaram no campo da pesquisa agropecuária.

Exercendo diversas atividades em projetos, o agrônomo já ministrou treinamentos para alunos e professores da área, com o intuito de diagnosticar doenças de citros, genoma, mapeamento genético e sobre cultura de tecidos de plantas. Todo este empenho do Dr. Marcos Antonio Machado demonstra que acreditar no potencial e no desenvolvimento da citricultura brasileira traz inúmeros benefícios para toda a cadeia citrícola.

Atualmente, o homenageado do Hall da Fama 2012 coordena projetos do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Genômica para Melhoramento de Citros, além de participar como orientador de mestrado e doutorado em cursos de pós-graduação da Unicamp e Uneso. Todos do GCONCI agradecem ao Dr. Marcos Antonio Machado por seu trabalho incansável na busca pela melhoria da citricultura do Brasil.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Walkmar Brasil de Souza Pinto

Pelo 15º ano consecutivo, o GCONCI, vem reconhecer os préstimos e dedicação, homenageando aquele que acredita na evolução da citricultura.

Atual responsável pela Casa da Agricultura de Bebedouro da CATI - Coordenadoria de Assistência Técnica Integral da SAA - Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Walkmar Brasil de Souza Pinto dedicou sua vida à pesquisa e à extensão rural, especialmente à citricultura. Sempre procurou difundir seus conhecimentos com esmero e muita dedicação, com respeito ao produtor e ao meio ambiente, e com esses predicados o GCONCI outorga-lhe o Prêmio Hall da Fama da Citricultura Brasileira.

Walkmar formou-se em engenharia agronômica, em 1969, pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Deu início a sua carreira em Uberaba (MG), trabalhando na Emater - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais, logo depois passou a ser responsável pela Casa de Agricultura de Américo de Campos (SP) e desde 1975 assumiu e vem prestando seus serviços na Casa de Agricultura de Bebedouro (SP), onde atua até hoje. Procurando sempre incentivar o consumo de suco de laranja e a produtividade dos pomares, passando, com maestria, seus conhecimentos através de palestras e cursos etc. Publicou vários trabalhos voltados aos citricultores, usando uma linguagem simples e direta. Hoje seu trabalho está focado no Programa de Microbacias, também está engajado em projetos como Faesp - Fundo de Expansão Rural do Agronegócio Paulista e o Pronaf - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.

Foi membro da Comissão Técnica de Citricultura da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, que tem por mérito incentivar, implantar e buscar tecnologias para incrementar a produtividade. Atualmente é membro da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Citricultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA.

Casado, pai de quatro filhos, natural de Itatiba (SP), orgulha-se de ter sido agraciado como destaque da citricultura em 1995, como Engenheiro Agrônomo pelo Centro APTA Citros Sylvio Moreira/IAC.

Agora terá seu nome, também, gravado no Hall da Fama da Citricultura Brasileira. Nós, da comunidade citrícola, parabenizamos sua dedicação.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Antonio Ambrósio Amaro

Com enormes serviços prestados ao desenvolvimento da pesquisa em economia agrícola, Antonio Ambrósio Amaro formou-se engenheiro agrônomo pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/ Esalq-USP em 1961, e doutorou- se pela mesma universidade em 1973. Por considerar a atividade agrícola como uma das principais fontes de riqueza desse país, desempenhou importante papel na condução de projetos de pesquisa agrícola e por entender essa atividade como sendo uma empresa, em 1981, Amaro formou-se Bacharel em Administração de Empresas pela Faculdade São Judas Tadeu, quando consolidou sua vocação para a pesquisa em Economia Agrícola.

Com mais de 150 trabalhos publicados e uma infinidade de palestras proferidas, além de participações em congressos, grande parte de sua vida profissional foi dedicada à citricultura ao engajar-se como membro do conselho consultivo do Fundecitrus, atividade que exerceu de 1981 a 2006, o que o qualifica como profundo conhecedor da cadeia citrícola brasileira e do agronegócio, com vertente para fruticultura, tanto que foi um dos membros fundadores da Sociedade Brasileira de Fruticultura e seu presidente na gestão 1975/1977.

Ativo pesquisador da realidade do agronegócio brasileiro, Antonio A. Amaro ocupou o cargo de Diretor Técnico de Departamento do Instituto de Economia Agrícola em dois períodos, entre 1994 e 1996 e de 2005 a 2007. Com intensa participação acadêmica, compôs banca examinadora em 21 teses e exerceu atividade de coorientador em 4 trabalhos de pesquisa científica.

Natural de São Paulo, Antonio Ambrósio encerrou suas atividades acadêmicas em 2008 sem deixar o vínculo com sua vocação de pesquisador e propagador de ideias que contribuem para o fortalecimento da atividade agrícola nacional.

Pelo 14º ano consecutivo, ao reconhecer a importância de homens como Antonio Amaro para o desenvolvimento científico do agronegócio citrícola, o GCONCI acredita estar cumprindo seu papel ao divulgar os expoentes da agricultura e do agronegócio brasileiro.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Jorgino Pompeu Junior

Natural de Limeira-SP, Jorgino Pompeu possui graduação em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz USP (1965) e doutorado em Agronomia pela Universidade de São Paulo (1973).

Atualmente é pesquisador voluntário do Instituto Agronômico de Campinas, consultor da Comissão Técnica de Citricultura da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, consultor ad-hoc da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, e de diversas revistas científicas.

Ao longo dos quase 50 anos dedicados a citricultura atual na área de melhoramento vegetal, principalmente nos seguintes temas: porta-enxerto, Tristeza dos Citros, Declínio e Morte Súbita dos Citros, incompatibilidade e plantas nanicas. Foi Curador do Banco Ativo de Germoplasma de Citros do Instituto Agronômico de Campinas de 1966 a 2007, tendo introduzido mais de 300 variedades.

Com 136 artigos publicados em periódicos e revistas especializadas e dezenas de artigos em periódicos de divulgação, Jorgino Pompeu caracteriza-se pelo alto desempenho em pesquisa acadêmica e formação de profissionais especializados em agronomia e citricultura, através de bancas examinadoras em diversos institutos de pesquisa.

Por estas qualificações e por uma vida emprenhada na melhoria da produtividade da citricultura brasileira, Jorgino Pompeu Junior foi o escolhido para receber o Prêmio GCONCI 2009 e para entrar no Hall da Fama da Citricultura Brasileira. Vida longa a Jorgino e à citricultura brasileira.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
José Dagoberto De Negri

Natural de Piracicaba, Jose Dagoberto formou-se em engenharia agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) em 1972 e, atualmente, trabalha no Instituto Agronômico de Campinas (lAC) como engenheiro agrônomo no Centro Apta Citros Sylvlo Moreira/lAC, localizado em Cordeirópolis (SP), atuando nas áreas de fitotecnia dos Citros e de divulgação, onde é responsável pela direção do Núcleo de Informação e Transferência de Tecnologia do Centro, desde 2007.

Antes de chegar a esse momento de homenagens, Jose Dagoberto percorreu diversos caminhos. Fez curso intensivo de citricultura á nível de pós-graduação em 1977 pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, Universidade Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp); atuou durante três décadas na Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, como extensionista, na função de gerente estadual de planos, programas e projetos de citricultura, foi o introdutor e incentivador do programa de manejo integrado de pragas (MIP) no âmbito da Extensão Rural.

Seus conhecimentos em citricultura foram compartilhados com interessados em diversos trabalhos científicos, técnicos, capítulos de livros e também como editor dos livros Lima ácida Tahiti e Citros, publicados pelo lAC em 2003 e 2005, respectivamente, além de ser membro da Assessoria de Planejamento e Editoração da revista Laranja desde 2002.

E para adquirir e trocar experiências, Jose Dagoberto participou de inúmeros congressos, simpósios, workshops, encontros e reuniões técnicas no Brasil e exterior, o que Ihe agregou ainda mais conhecimentos nas áreas em que atua profissionalmente, cujo embasamento foi também obtido com viagens técnicas para conhecer as citriculturas da Flórida, Califórnia e Texas (Estados Unidos), Austrália, Marrocos, Itália, México, Argentina, Uruguai, Chile e Cuba.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
José Orlando Figueiredo

Citricultura nas veias. Este é um dos motivos, dentre uma série de atividades brilhantes ao longo de sua carreira, que fez do engenheiro agrônomo José Orlando de Figueiredo merecedor do 11º Prêmio GCONCI.

Nascido em Piracicaba, em janeiro de 1946, Figueiredo traz no sangue o amor à agronomia, uma vez que provém de uma família de engenheiros agrônomos, na qual o pai, alguns tios e muitos primos escolheram esta profissão.

É casado com Ana Lídia Albejante e tem quatro filhos e três netos, sendo que dois de seus filhos honraram a tradição e também se formaram em agronomia.

José Orlando de Figueiredo formou-se pela Esalq/USP, em 1969, e doutorou-se pela Unicamp em 1976. Há 37 anos, atua no melhoramento por seleção de copas e porta-enxertos para citros, primeiramente na Seção de Citricultura do Instituto Agronômico, em Campinas e posteriormente no Centro APTA Citros Sylvio Moreira, do mesmo Instituto, localizado em Cordeirópolis.

Durante toda a sua vida profissional, Figueiredo dividiu suas experiências e conhecimentos proferindo palestras e conferências, principalmente sobre sua especialidade. Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), categoria 1, por mais de 20 anos, participou de congressos nacionais e internacionais, foi membro de conselhos editorais de revistas técnico-cientificas, livros e anais de congressos e publicou mais de 100 trabalhos, a maioria sobre copas e porta-enxertos." Além de consultor de agências financiadoras de pesquisas foi sócio-fundador e membro da diretoria da Sociedade, Brasileira de Fruticultura por mais de uma década, atuando também como professor do Curso de Mestrado, em Agricultura Tropical , oferecido pelo Instituto Agronômico, desempenhando importante papel na formação de recursos humanos.

A maior parte de suas pesquisas, nos últimos 15 anos, são relacionadas às limas ácidas e aos limões, sendo, inclusive, sendo o idealizador do Dia do Limão Tahiti, em 2000. Esse evento vem sendo realizado anualmente e a cada edição tem trazido significativos avanços para o setor.

Durante sua atuação no Instituto Agronômico, Figueiredo selecionou novos materiais de copas e porta-enxertos, que atualmente são usados comercialmente pelos produtores. Por estes motivos, homenageamos Dr. Figueiredo pelos préstimos à citricultura.

Faleceu em 02 de fevereiro de 2023.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Edmundo Eugênio Archelos Blasco

O Prêmio GCONCI homenageia, em sua 10ª edição, o empreendedor citrícola Edmundo Eugénio Archelós Blasco, resultado de sua liderança e ação construtiva para o fortalecimento da citricultura no Estado de São Paulo.

Nascido em Limeira, em 1942, Edmundo foi influenciado pelo pai e avó citricultores. Com sólida formação acadêmica, cursou quatro anos de estudos científicos no Colégio Makenzie, em São Paulo, e obteve a graduação universitária na Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz, Esalq-USP, em Piracicaba (SP), onde também completou duas especializações, uma em citricultura e outra em nutrição e adubação.

Desde 1963, participa com frequência de estágios, cursos, seminários, congressos, simpósios, reuniões técnicas, viagens nacionais e internacionais, principalmente em eventos que têm como tema os citros, além de inúmeras participações como palestrante.

Recém-formado da Esalq-USP em 1965, assumiu seu primeiro desafio profissional: coordenar o Departamento e Citricultura da Cooperativa Agrícola Mista de Araras, com responsabilidade comercial e de orientação técnica agronômica na cultura de citros de 33 propriedades de cooperados de Araras (SP) e região. Depois de um ano de função, foi contratado como pesquisador pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), desenvolvendo trabalhos na Seção de Solos e de Aerofotogrametria.

A partir de 1967, retornou à Araras por problemas familiares e passou a administrar os negócios da família, além de prestar assessoria técnica- agronômica a diversos citricultores do Estado de São Paulo. Foi neste período que seu perfil empreendedor foi despertado, mas deu continuidade aos estudos, pois tinha consciência de que um bom administrador não "nasce pronto", consultando-se com pessoas mais experientes e construindo uma visão estratégica que o encorajou a corre r riscos e ampliar e diversificar seus negócios.

Edmundo Blasco também foi visionário em relação às tendências legislativas, principalmente no tocante à proteção e qualidade de vida dos trabalhadores rurais, e chegou a implantar cursos de capacitação e alfabetização em suas fazendas. Ele é mais conhecido como Dr. Edmundo, mas, em sua modéstia, nunca preiteou o título para si, e isso é resultado de sua cordialidade, conhecimento e pré-disposição em ajudar a todos que o procuram.

Cidadão ararense. Ciente de que todo homem laborioso e empreendedor deve influenciar na melhoria da sociedade, Edmundo Blasco sempre dobrou suas jornadas de trabalho, elegendo Araras como sede para o exercício de suas ações voluntárias, dedicando-se há décadas às instituições assistenciais.

Como diretor, conselheiro, curador ou participante comum, usa suas horas vagas combinando seu ideal cristão e suas experiências administrativas com as necessidades de instituições, como a Fundação Hermínio Ometto, mantenedora do Centro Universitário Uniararas, Clínica Psiquiátrica e Geriátrica Luiz Antonio Sayão e o Instituto de Difusão Espírita, cuja editora chega a publicar um milhão de livros anuais em diversos idiomas.

Nesta última, Edmundo apoiou a recente reorganização fabril, comercial, técnica e administrativa da editora. Por sua influência positiva na cidade, foi homenageado com o título de Cidadão Ararense ao final de 1995.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Ary Salibe

O prêmio conferido a Ary Salibe foi apropriado, pois sua produção cientifica ultrapassa 400 trabalhos e resumos publicados em revistas especializadas e em anais de congressos, além de 250 artigos de divulgação científica, destacando-se aqueles voltados ao melhoramento e para o estudo de diversas doenças dos citros.

Mesmo após a sua aposentadoria como professor titular de fruticultura, na Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu (SP), Ary continuou atuando como pesquisador convidado do Centro APTA Sylvio Moreira em Cordeirópolis (SP).

Limeirense, nascido em 1934, sua carreira começou, com chave de ouro, ao graduar-se como primeiro aluno da turma da Esalq/USP, Campus Luiz de Queiroz, de Piracicaba (SP), em 1956. Doutorou-se na mesma escola em 1961 com a tese "Contribuição ao Estudo da Doença Exocorte dos Citros”. Iniciou profissionalmente como pesquisador científico na Seção de Citricultura, lotado na Estação Experimental de Limeira. Em 1968, ingressou como professor de fruticultura da Universidade Paulista, Campus Botucatu (SP), onde dedicou a maior parte de sua carreira profissional, tanto na graduação quanto na pós-graduação, formando vários mestres e doutores.

Ministrou cursos de especialização em pós-graduação na Universidade Federal Rural de Pernambuco e colaborou nos cursos de pós-graduação da Esalq-USP e na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Jaboticabal (SP).

Também foi convidado a ministrar palestras em cursos de citricultura em vários países. Em 1973, foi professor convidado de citricultura da Universidade da Flórida, em Gainesville (Estados Unidos). Consultor da Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas (FAOONU) desde 1965, tendo conduzido inúmeras missões de consultaria na área de melhoramento e sanidade citrícola junto aos governos de vários países. Dentre eles Filipinas, Indonésia, Síria. Egito, Jordânia, Marrocos e México.

Não restringiu sua carreira á academia, auxiliando o desenvolvimento de diversos empreendimentos em citricultura, como sua colaboração na implantação do Pólo Limoeiro da Região de Botucatu (SP). Por esses trabalhos, Ary Apparecido Salibe foi eleito o Engenheiro Agrônomo do Ano 1985 da Associação de Engenheiros Agrônomos do Estado de São Paulo e, novamente em 1986, quando recebeu o diploma de Honra ao Mérito. Colaborou na implantação da citricultura na região de Itapetininga (SP), onde se localiza um dos maiores pomares contínuas de citros no mundo.

Integrou a equipe geradora dos clones nucelares de citros os quais foram base das plantas da atual citricultura brasileira. Por este trabalho, foi distinguido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 1970, "entre aqueles que mais contribuíram para o progresso da ciência do Brasil, no âmbito da agricultura na década de 60". Colega participativo pertence a várias sociedades científicas, sendo sócio-fundador da Sociedade Brasileira de Fruticultura, o Grupo Paulista de Fitopatologia e da Sociedade Internacional de Citricultura. É membro da Organização Internacional de Virologistas de Citros (IOCV) e membro honorário da Sociedade Internacional de Viveiristas de Citros. Sua força de trabalho, experiência, gentileza, simpatia e enorme cultura o fizeram um dos mais consultados profissionais do setor, atendendo a inúmeros profissionais e citricultores, auxiliando para o progresso de nossa gente. Parabéns, professor Salibe. Obrigado por sua grandiosa contribuição e que Deus lhe ilumine, lhe dê bastante saúde e permita que o seu conhecimento e força de criação tragam-lhe muitas felicidades. Faleceu em 19 de novembro de 2013.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Santin Gravena

Esta escolha foi fundamentada na importância deste profissional para a citricultura brasileira, pois Santin Gravena, além de professor, é pesquisador e consultor. Formado em 1970 em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Jaboticabal (SP), iniciou sua carreira dedicada aos citros ao ingressar como professor assistente de Entomologia Agrícola na própria Unesp de Jaboticabal, em 1974.

Santin Gravena obteve os títulos de mestre em Entomologia e doutor em Agronomia na Esalq/USP, em 1977 e 1978, respectivamente. Depois de obter o título de Professor Livre Docente em Entomologia na Unesp de Jaboticabal, em 1981, estagiou em pós-doutoramento no Texas A & M University, em 1982, na área de controle biológico de pragas. Retornando ao Brasil, ocupou o cargo de Professor Titular em 1986.

Trabalhou até 1993, quando se aposentou. Antes disso, contudo, foi chefe de departamento, fundou em 1986 o Centro de Manejo Integrado de Pragas (Cemip), tendo como atividades principais o treinamento, a pesquisa e a extensão de MIP (Manejo Integrado de Pragas) em citros, direcionada aos citricultores.

O professor foi o idealizador do sistema de MIP em citros no Brasil, lançando suas primeiras ideias sobre o tema em palestra realizada em 1977, na Estação Experimental de Citricultura de Boquim (SE). Também a partir deste ano, iniciou uma linha de pesquisa para implementar o MIP na citricultura brasileira. A primeira pesquisa, que comparava o sistema de manejo convencional com o integrado, e o primeiro artigo técnico sobre MIP foram publicados na Revista Laranja, nos anos de 1984 e 1986, respectivamente.

Com a ajuda da CATI, por meio de José Dagoberto de Negri (Prêmio GCONCI 2008), Santin Gravena coordenou os engenheiros agrônomos extensionistas do Departamento de Entomologia da Unesp e implementou o sistema na citricultura em pomares-piloto demonstrativos em todo o Estado de São Paulo. Para isso, vários cursos de curta duração foram ministrados pelo professor no período de 1979 a 1983.

Em 1993, por ocasião de sua aposentadoria, e depois de 19 anos dedicados à Unesp, Santin Gravena fundou a Gravena - Manejo Ecológico de Pragas Ltda. para atuar em manejo ecológico de pragas (registrando a marca MEP-Gravena), cujo objetivo principal são os citros, ocupando cerca de 80% das atividades de equipe, divididas em quatro grandes áreas: consultoria, pesquisa, treinamento e editoração em assuntos ligados ao MEP em citros. Editou, inclusive, com sua equipe, o Manual Prático de Inspeção de Pragas dos Citros.

Em sua vida acadêmica, Santin Gravena publicou 18 trabalhos científicos em revistas nacionais e em seis internacionais, todos relacionados às pragas de citros. Editou 25 capítulos de livros e artigos técnicos nacionais e oito internacionais sobre o MIP em citros e controle biológico de pragas. Orientou oito dissertações de mestrado e duas teses de doutorado em assuntos de pragas. Participou, ainda, de diversos congressos nacionais e internacionais, tanto em eventos de citricultura como de entomologia e proteção de plantas.

Foi membro fundador do GCONCI, ao qual dedicou muitos anos de seu conhecimento, amizade e companheirismo. Por todos estes motivos, o Grupo de Consultores em Citros têm orgulho de homenagear o Professor Santin Gravena com o Prêmio GCONCI 2004 - Hall da Fama da Citricultura!

Faleceu em 13 de setembro de 2024.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Eduardo Feichtenberger

Natural de Itapetininga, formou-se engenheiro agrônomo na Esalq/USP de Piracicaba, em 1971. Trabalhou inicialmente na CATI, como responsável pela Casa da Agricultura de Capão Bonito, assistindo principalmente produtores de tomate na área fitossanitária, quando despertou seu fascínio pela pesquisa. Ingressou no Instituto Biológico em 1973, passando a trabalhar com a Dra. Victória Rossetti (Prêmio GCONCI 1999), que foi uma das mais brilhantes pesquisadoras do mundo da área de patologia dos citros. As pesquisas desenvolvidas por Feichtenberger nessa área foram crescendo, culminando com a sua transferência, em 1987, para a Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Sorocaba, da APTA Regional, onde trabalha até hoje como pesquisador científico.

Feichtenberger obteve seu mestrado em fitopatologia pela Universidade da Califórnia, em Riverside, e participou de muitos cursos de aperfeiçoamento na área de fitopatologia, sendo nove deles em nível internacional. Proferiu palestras, participou de eventos e missões técnico-científicas em mais de doze países. Orientou 55 estagiários e ministrou mais de duzentas e trinta palestras nos países no exterior. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Fitopatologia e, hoje, coordena o Grupo de Trabalho de Pragas e Doenças dos Citros da RIAC, da FAO. Sua produção científica inclui cerca de 140 trabalhos apresentados em reuniões científicas, 193 trabalhos publicados no País e no exterior, um livro e 12 capítulos de livro publicados.

Os principais resultados das pesquisas do homenageado na área de patologia dos citros incluem: 1) Constatações de doenças novas para o País, ou regiões produtoras, e determinação do agente causal dessas doenças; 2) Reclassificação do agente causal de doença em importante erva invasora de pomares de citros da Flórida, viabilizando o controle dessa invasora com herbicida biológico; 3) Seleção de porta-enxertos de citros mais tolerantes à Phytophthora; 4) Desenvolvimento de novas metodologias para uso em estudos de etiologia, epidemiologia e controle das principais doenças fúngicas dos citros no País; 5) Avaliação e seleção de tratamentos fungicidas para controle dessas doenças; 6) Racionalização e redução no uso de fungicidas na citricultura paulista, reduzindo- se doses e número de aplicações desses produtos no controle das principais doenças; 7) Estabelecimento de um programa de manejo ecológico das principais doenças, compatibilizando métodos físicos, químicos, biológicos e culturais de controle; 8) Contribuições para a melhoria da sanidade das mudas cítricas produzidas no país; 9) Criação e manutenção da Micoteca "Dra. Victória Rossetti”, que contém culturas puras de isolados de patógenos agentes causais das principais doenças fúngicas dos citros no País.

Por tantas realizações em prol do progresso de nossa citricultura, Feichtenberger foi homenageado em 1996, como Engenheiro Agrônomo destaque da Citricultura. Em 2003 forão os Consultores em Citros e demais profissionais ligados à cadeia citrícola que se orgulharam em homenageá-lo, e esperam que isto possa motivar outros profissionais a contribuírem para o crescimento de nosso País como Feichtenberger vem contribuindo. Parabéns, Eduardo!


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Luis Carlos Donadio

Nascido na cidade de Cambé, estado do Paraná, em 1944, Donadio formou-se em Agronomia, no ano de 1968, pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq), sediada em Piracicaba (SP), onde também concluiu o doutorado, em 1972. Dentre os trabalhos por ele desenvolvidos destacamos a obtenção e seleção de híbridos de tangerina (como, por exemplo, as tangerinas Caçulas e Jaboti); determinação de novas variedades e clones de laranja para a indústria; inúmeros estudos sobre tratos culturais e técnicas de produção de mudas; introdução de cerca de 200 variedades e clones de laranjas, tangerinas e híbridos, e sua avaliação quanto à tolerância a CVC.

Nosso homenageado também se destacou como fundador e principal dirigente da Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro (SP), tendo ainda grande atividade na divulgação de novas tecnologias através da organização de simpósios nacionais e internacionais, com discussões sobre assuntos atuais e de grande valia para o agronegócio citrícola.

Por tudo isso, nada mais justo do que homenagearmos uma pessoa fundamental no contexto citrícola. Nossa homenagem é reforçada pelo Eng. Agr. Eduardo Stuchi (EECB), que afirma: “A oportunidade de ter colaborado com o Prof. Donadio é um fato marcante em minha vida profissional e pessoal. Sua persistência e capacidade de trabalhar com prazer são à base de sua liderança.”


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Gerd Walter Muller

Formou-se em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1961) e doutorado em Fitopatologia pela Universidade de São Paulo (1973) e conclui seu Pós-Doutorado no United Stantes Department of Agricultura (1983).

A laranja Pêra é bastante suscetível ao vírus da Tristeza dos Citros, e muitas plantações foram tão severamente afetadas que no final da década de 50 o plantio desta variedade foi desaconselhado no Estado de São Paulo.

Trabalhos desenvolvidos pelo Dr. Gerd Walter Müller, a partir dos anos 60, na antiga Seção de Virologia do Instituto Agronômico de Campinas, mostraram que clones de laranja Pêra premunizadas com isolados fracos do vírus da Tristeza, em áreas com forte pressão de inóculo de isolados severos do vírus, poderiam produzir razoavelmente. Como resultado deste trabalho, o pioneiro no mundo (que atingiu escala comercial de desenvolvimento), ressurgiu a possibilidade de novamente se cultivar a laranja Pêra.

A laranja Pêra, denominada premunizada, vacinada ou IAC, vem obtendo excelentes resultados há mais de quatro décadas. Os conhecimentos gerados nesse programa transpuseram as fronteiras do Estado e do País.

Com inúmeros trabalhos científicos realizados, publicados e apresentados no Brasil e exterior, e outras tantas importantes descobertas, o consultor do Centro de Citricultura Sylvio Moreira é mais uma vez reconhecido pelos seus relevantes serviços prestados à citricultura brasileira e ao País, através da entrega do Prêmio GCONCI 2001 - Hall da Fama da Citricultura Brasileira. Os Consultores em Citros e a citricultura como um todo parabenizam o Dr. Gerd Walter Müller pelo merecido reconhecimento.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Ody Rodriguez

Formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), onde concluiu o mestrado e doutorado, o Dr. Ody Rodriguez foi pesquisador e colaborador de vários eventos citrícolas, como o Dia do Citricultor e participou de inúmeros congressos nacionais e internacionais de citros e fruticultura, conhecendo as mais importantes regiões produtoras do mundo. Colaborou, inclusive, com a edição da CATI - Programa de controle de Pragas e Doenças e Carências de Micronutrientes, e foi conselheiro e fundador do Fundecitrus, em 1977.

Ody Rodriguez possui cerca de 200 trabalhos técnicos–científicos publicados, no Brasil e no exterior; assessorou entidades nacionais, como a Embrapa, Sudene, Ministério da Agricultura, Secretarias Estaduais e associações de produtores, e, no exterior, os Ministérios da Agricultura do Peru, Argentina e Cuba.

Trabalhou em projetos de implantação e manutenção da Bozzano Simonsen, Frigorífico Anglo, Ipanema Agroindustrial, de Alfenas (MG), Bradesplan (Maranhão), Cambuhy, de Matão (SP), Citrosuco (Matão) e Grupo Nova América, de Santa Cruz do Rio Pardo (SP).

Como pesquisador, Ody Rodriguez é um dos pioneiros na realização de pesquisas científicas em campo nas áreas de nutrição, herbicida, irrigação, práticas culturais; estabeleceu padrões de nutrição para a citricultura, baseados na análise foliar; montou experimentos nas Estações Experimentais do Instituto Agronômico em várias cidades paulistas e estudou a conservação de frutos cítricos, in natura, em porões de navios ventilados para a exportação para a Holanda e Inglaterra.

Por isso tudo, Dr. Ody Rodriguez é um dos mestres de nossa citricultura. Faleceu em 08 de Abril de 2012.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Veridiana Victória Rosseti

Nascida em Santa Cruz das Palmeiras, estado de São Paulo, no ano de 1917, Veridiana Victória Rossetti, filha de agrônomo, formou-se em Agronomia pela Escola Superior de Agronomia Luis de Queiroz - Esalq, sediada em Piracicaba (SP).

Dentre os cargos e funções exercidos, a doutora foi Pesquisador Científico Nível VI no Instituto Biológico no período de 1940 a 1987. Aposentada com 70 anos, a Dra. Victória, no entanto, continuou exercendo suas atividades como bolsista do CNPq - Nível 1-A e como Coordenadora de Projetos do Instituto.

Cursou diversas universidades, como a da Califórnia (Berkeley e Riverside) e da Carolina do Norte, ambas nos Estados Unidos. Desenvolveu, ainda, estudos em cooperação com o governo da França nas cidades de Versalles e Orsay.

Recebeu mais de 26 títulos, prêmios e homenagens, dez taças e estatuetas, 23 placas, bandejas e outras honrarias e doze medalhas. Participou de doze comissões técnicas, dezoito palestras, 34 conferências, 39 eventos internacionais e 41 nacionais, sempre apresentando trabalhos científicos. A Dra. Victória organizou catorze eventos, dois em bancas de concursos, três em bancas de tese, 22 atividades docentes, treze obras didáticas, quatro atividades editoriais e o surpreendente número de 392 trabalhos publicados como autora e co-autora, com pesquisadores brasileiros e de outros países, além de mais de 21 notas prévias.

No período de 1945 a 1986, realizou uma serie de publicações sobre gomose Phytophthora dos citros. De 1984 a 1994, doenças como Declínio, Clorose Variegada dos Citros (CVC) e Leprose exigiram maior atenção dos fitopatologistas. Por esse motivo, foi necessária retomar seriamente os estudos sobre sua etimologia, transmissibilidade, epidemiologia e ultraestrutura dos tecidos afetados.

Dentre seus trabalhos, podemos citar como mais relevantes:

GOMOSE: os trabalhos demonstraram a necessidade de estudos de novas metodologias de controle; dependência do ataque da Phytophthora a combinação enxerto X porta-enxerto e o baixo desenvolvimento da Phytophthora em plantas inoculadas com o vírus da Exocorte de estirpe fraca.

DECLÍNIO: é uma doença semelhante ao Blight da Flórida e ainda não se sabe qual é a causa. No Brasil, essa doença conseguiu se transmitir pela enxertia de raízes, a exemplo da Florida.

CLOROSE VARIEGADA DOS CITROS (CVC): Dra. Victória Rossetti foi pioneira em descrever a doença em língua estrangeira e a primeira a constatar a ocorrência de bacteria semelhante, a Xylella fastidiosa, limitada ao xilema de plantas cítricas afetadas pela doença. Outros trabalhos da doutora também foram importantes para o conhecimento da doença e de seu agente causal. Determinou-se, por exemplo, a transmissão da doença par inoculações com a bactéria isolada e conseguiu-se fechar a ciclo dos postulados de Koch (ao mesmo tempo em que os colegas de Lake Alfred, na Flórida) determinando ser a bactéria Xylella fastidiosa (confirmada pelo trabalho) a agente causal da CVC.

LEPROSE: conseguiu-se transmiti-Ia mecanicamente de citros para citros no prazo de 20 a 30 dias e de citros para plantas herbáceas de 4 a 5 dias. Também provou ser a doença causada por um vírus e não por uma toxina da saliva do ácaro, como alguns pensavam. Em sua autobiografia, Victória Rossetti demonstra, através de narrativas, a modéstia e a espírito de equipe, dividindo méritos e conquistas com aqueles que, ao longo de sua vida profissional, a acompanham, sejam como mestres, colaboradores, colegas ou alunos e orientandos. Esta foi Dra. Victória Rossetti, Servidora Emérita do Estado, que muito contribuiu com a defesa de nossa citricultura.

Faleceu em 26 de dezembro de 2010.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Francisco Cabral de Vasconcellos

Francisco Cabral De Toledo Vasconcellos um dos pioneiros na consultoria citrícola e uma referência no setor. Com visão tecnológica esmerando competência e ética, foi atuante no processo de crescimento da citricultura paulista.

Francisco Toledo Cabral de Vasconcellos nasceu em 01 de outubro de 1926 em Limeira (SP). Filho de Lázaro Cabral de Vasconcellos e de Maria Toledo Cabral. Casou-se com Vera Buzolin de Vasconcellos e tiveram sete filhos. Neto do citricultor, Manoel Toledo Rodovalho, no bairro da Graminha em Limeira (SP). Conhecido no meio citrícola como Chico Charanga.

Desde jovem tomou gosto pela citricultura. Graduou-se em Engenheiro Agrônomo pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - USP em 1950. Iniciou sua carreira profissional em 1951, trabalhando na empresa Saíra em Limeira (SP), como gerente na área de produção e industrialização de mandioca. Em 1952, mudou-se para a cidade de São Paulo onde realizou curso de Entomologia, no Instituto Biológico do Estado de São Paulo durante um ano. Após o término desse curso em 1953, foi trabalhar na fazenda Mato Dentro em Campinas pertencente ao Instituto Biológico, na área de Entomologia. No ano de 1955, foi contratado pela empresa Citrobrasil (Fazenda Sete Lagoas) onde iniciou seus trabalhos nos pomares cítricos das fazendas Reserva em Araras (SP), Morro Azul em Limeira (SP), chácara São João em Limeira – (SP) e demais propriedades nas quais a empresa comprava as frutas destinadas ao consumo in natura. Em 1958, participou do procedimento de compra e formação da fazenda Sete Lagoas no município de Mogi-Guaçu SP e posteriormente também da Fazenda Capim Verde em Bebedouro (SP).

Permaneceu à frente da área agrícola da empresa até março de 1974.

A partir de abril de 1974, iniciou seus trabalhos como consultor até sua aposentadoria em 2005 nas seguintes empresas no Estado de São Paulo: Fertiplan, Irmãos Fortes, Irmãos Roque, Irmãos Bocaiuva, Citrícola Fischer, Sílvio Roberto Baggio, Carlos Cabianca, Manoel Gomes, Linneu Eduardo de Paula Machado e Grupo Tamboré (Fazenda Palmares). Além da atividade de consultor foi também citricultor nos municípios de Pirassununga e São João da Boa Vista (SP). Foi representante dos citricultores do Estado de São Paulo junto a Comissão Nacional de Erradicação do Cancro Cítrico. Participou como Membro do conselho e vice-presidente do Fundecitrus.

Na cidade de Limeira (SP), elegeu-se vereador em 1963 e 1968 e exerceu o cargo de presidente da câmara municipal durante o primeiro mandato.

Foi também Engenheiro Agrônomo Destaque da Citricultura, por ocasião da realização da 13º Semana Citricultura, no Centro de Citricultura Sylvio Moreira, em 1991. Faleceu em 24 de janeiro de 2012.


Homenageado GCONCI Hall da Fama
Joaquim Teófilo Sobrinho

Joaquim Teófilo Sobrinho o primeiro homenageado no “Hall da Fama da Citricultura Brasileira.” Joaquim Teófilo Sobrinho é natural de Nepomuceno (MG), filho de José Teófilo Salgado e de Francisca Barbosa Lima Salgado. Casado com Maria Regina Mazzonetto Teófilo teve com três filhos. Estudou em Nepomuceno (MG), em São Paulo e Piracicaba (SP). Formou-se na Escola Superior de Agronomia Luís de Queiroz - ESALQ, na turma de 1963.

Iniciou sua via profissional na Estação Experimental de Pindorama (SP) com café e tomate. Em agosto de 1967, assumiu a chefia da Estação Experimental de Limeira (SP).

Em 1972, obteve o título de Doutor em Agronomia, estudando o comportamento da laranja Valência sobre diferentes porta-enxertos, como Pesquisador Científico dedicou-se ao desenvolvimento de porta-enxertos e adensamentos de plantio, projeto que começou em 1972 e com os dados obtidos com este trabalho, estamos plantando até hoje. Estudou a competição de clones de Pêra Rio, e em 2001 fez o lançamento do clone Laranja Pêra 2000.

Como Chefe da Estação Experimental e depois Diretor do Centro de Citricultura dedicou-se: a estruturação das dependências da Estação Experimental, construção da Clínica Fitopatológica de Citros, as sedes administrativas, as portarias, o Centro de Convenções da Citricultura, o Laboratório de Biotecnologia e o Laboratório de Qualidade.

Construiu a primeira estufa com telado para formação de mudas protegidas de citros e realizou a divulgação e integração entre a pesquisa e a produção: Criou o Dia do Citricultor (1969) e a Semana da Citricultura (1978). Auxiliou na criação também: Dia do Viveirista em Citros (1994), o Dia do Consultor em Citros (1995), e nos Dias Temáticos: Tangerina (1998); Limão Tahiti (1999); Laranja (2000).

Deu apoio à criação do GCONCI e do Vivecitrus, foi incentivador das primeiras reuniões para a formação e cedeu a local para a sede provisórias dentro das instalações no Centro de Citricultura, sob sua gestão. Recebeu inúmeros títulos e homenagens, entre eles: Engenheiro Agrônomo do Ano (1998), recebeu o Mérito Científico e Tecnológico, pelo Governo do Estado de São Paulo (2001), o Troféu Fumagalli (2004), entre outros.

Sua contribuição técnico-científica teve 34 artigos completos publicados em periódicos, três capítulos de livros publicados, cinco textos em jornais de notícias/revistas, dois trabalhos completos publicados em anais de congressos, dez resumos publicados em anais de congressos (artigos), houve outros tipos de produção técnica e bibliográfica. Aposentou-se em 2002.

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